Não deixe o coronavírus “assaltar” seu condomínio

Consultor de segurança dá dicas para impedir ação dos “inspetores da COVID-19”

Por José Elias de Godoy*

Atualmente, os meliantes não têm poupado esforços para alcançarem seus objetivos delituosos em condomínios usando as mais diversas artimanhas, tendo como seu principal aliado o fator surpresa ou, até mesmo, utilizando-se das mais inusitadas maneiras para enganar condôminos e/ou funcionários. 

Os oportunistas estão usando até a atual crise com a pandemia da Covid-19 (Coronavírus) para burlarem o controle de acesso do prédio

Fato esse ocorrido numa tentativa de invasão em Brasília, no qual dois homens fingiram ser “inspetores de coronavírus” para tentar entrar em um apartamento, na tarde desta quinta-feira (19/3). O morador, no entanto, desconfiou da dupla e acionou a Polícia Militar do Distrito Federal.

Suas sutilezas são utilizadas para que, ao adentrarem o condomínio, possam realizar invasões de domicílios, cometendo furtos, roubos entre outros crimes, causando medo e pânico nas pessoas.

Portanto, para isto, devem ser adotadas algumas precauções mínimas e básicas como:

  • Crie um comitê de crise junto aos moradores para prevenir e tratar o assunto de maneira organizada, deixando-os bem informados sobre medidas preventivas e decisões tomadas em favor da coletividade, onde pode usar aplicativo ou site do condomínio, e-mail, cartazes, circulares, redes sociais oficiais, grupos e listas de transmissão no whatsapp;
  • Manter todas as portas e/ou portões sempre fechados, somente abrindo, na certeza de que o estará fazendo de maneira segura através de confirmação de dados;
  • Não permitir que nenhuma pessoa estranha adentre ao condomínio sem a devida autorização do condômino;
  • Cadastrar todos estranhos (visitantes/prestadores de serviços) que forem acessar o condomínio, para isto os porteiros devem estar muito bem orientados e treinados; 
  • A utilização do sistema de entrada e saída através de identificação biométrica digital deve ser evitada face à situação de contágios, neste momento;  
  • Mesmo que a pessoa se identifique como agente da fiscalização sanitária da saúde, para inspeção sobre coronavírus, inclusive utilizando uniformes, aventais ou crachás, deve-se contatar o morador/síndico para saber se estava aguardando tal visita/inspeção. Eles devem aguardar esta verificação na área externa do condomínio; 
  • Evitar atividades de hospedagem, como as negociadas via aplicativos ou sites, pois têm natureza não residencial e expõe a coletividade à grande rotatividade e, consequentemente, risco de contágio ou mesmo assaltos; 
  • Em casos suspeitos, deve-se acionar, imediatamente, a Polícia Militar, passando todos os dados e informações corretas para o rápido atendimento;
  • Na chegada dos policiais, facilite sua ação fornecendo subsídios concretos para sua atuação.

Torna-se oportuno lembrar que para que todos estes riscos sejam amplamente minimizados e se conseguir evitar surpresas, os próprios condôminos e colaboradores precisam mentalizar que a verdadeira proteção se inicia com a prevenção.


(*) Consultor de Segurança em Condomínios pela empresa SUAT e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios” e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.


Fonte: Website: https://www.sindiconet.com.br/

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